top of page
  • Foto do escritorLuiz Henrique Martins Ribeiro

Ciência da Felicidade: Como mensurar a Felicidade no Trabalho?

Desde 2015, quando iniciei minhas primeiras buscas em base de dados científicas visando compreender o conceito de felicidade e de como seria possível medir a felicidade no trabalho no Brasil, percebi o quanto foi difícil encontrar estudos confiáveis e com a robustez de uma pesquisa científica. O que podemos identificar é que há diferenças importantes na maneira como abordam a questão que refletem diferentes concepções e percepções de felicidade.


Um grande desafio à confiabilidade é como esses estudos medem a felicidade principalmente porque para a população brasileira ainda não existe uma escala validada para mensurar as principais dimensões que compõem a felicidade no trabalho. O esforço dedicado às pesquisas realizadas pelo @lappotufsc, fez com que pudéssemos desenvolver um projeto de pesquisa que visa coletar dados e a partir desta pesquisa criar uma escala possível de ser aplicada às caraterísticas da cultura brasileira. Questionários e escalas existem em outros países como, por exemplo, Oxford Happiness Inventory (Argyle & Hill, 2002), mas no caso da população brasileira, ainda não se tem conhecimento de algo parecido.


Algo importante que se deve destacar é que, para que realmente se pudesse chegar nas principais dimensões que compõem a felicidade no trabalho, foi essencial a criação de um laboratório de pesquisa coordenado pelo Dr. Narbal Silva reconhecido pelo CNPq. Além disso, o time de pesquisadores teve que defender pelo menos duas teses de doutorado sobre o fenômeno felicidade no trabalho sendo uma defendida pela Dra. Cristiane Budde em 2018 e outra por mim em 2019. Livros e artigos científicos nacionais e internacionais publicados por Boehs & Silva Orgs (2017), Ribeiro & Silva (2018), Farsen et al. (2018), Budde & Silva (2020), Silva & Farsen Orgs (2018). Cabe destacar que, um artigo foi aprovado para publicação produzido por Ribeiro & Silva (2020) e uma dissertação de mestrado sendo desenvolvida por Lilian Damo que será defendida em breve após retorno das aulas na UFSC. Sem contar as inúmeras participações em congressos nacionais e internacionais envolvendo a Psicologia Positiva. Esses tipos de estudos geralmente exigem uma enorme quantidade de esforço e o que se tem percebido é que estudos que afirmam fazer isso são falhos de várias maneiras, por exemplo, perguntando às pessoas "como avaliam seu grau de bem-estar” ou "como avaliam seu grau de qualidade de vida”. Além disso, pessoas assumem uma postura de especialistas e pesquisadores sobre a Ciência da Felicidade com base nos preceitos epistemológicos da Psicologia Positiva, porém nunca realizaram uma pesquisa científica.


O que difere o estudo científico da prateleira da autoajuda ou do senso comum é o rigor metodológico. Neste sentido, o método contribui para o detalhamento dos procedimentos gerais do planejamento de uma pesquisa pela delimitação do contexto, categorias e variáveis antecedentes, quais fenômenos serão pesquisados e a caraterística dos participantes. Algo essencial são os pressupostos teóricos para que se possa responder ao problema de pesquisa e demais procedimentos adotados na pesquisa. Minha recomendação é que você tenha critério ao escolher artigos, cursos, profissionais e conteúdos que envolvem a Psicologia Positiva. Aproveite para participar da pesquisa sobre felicidade no trabalho: https://bit.ly/2Z6PFIFfelicidadenotrabalho


43 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
Post: Blog2_Post
bottom of page